Curso Básico de Teologia (Livre)

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AGOSTINHO DE HIPONA - TRINDADE

Curso de Teologia – Prof. Márcio Ruben
4
Módulos 1, 2, 3 e 4.
Capítulo 1

Teologia

Introdução

Três aspectos fundamentais da educação
1. Pessoal – A educação é autopromoção da personalidade do sujeito que se educa.
2. Social – A educação socializa o individual, pois a nossa vida pessoal explica-se numa vida social.
3. Cultural – A educação transmite à pessoa os valores elaborados pela humanidade, no decurso de gerações.
Autoeducação e Heteroeducação
     A autêntica educação deve ser a autoeducação, porque não é concebível uma maturação integral insciente e destituída de         esforço pessoal.
     A autêntica educação deve ser heteroeducação, porque a presença do professor não é só desejável como necessária.
Prolegômenos
Falar de antemão. No caso da Teologia é uma visão geral da Teologia. As várias formas de Teologia.
Teologia
Estudo sobre Deus.
Theos – Θεος – Deus
Logia – λογια – estudo
“Estudo sobre Deus”.
 
Logos – Λογος – Palavra – Verbo
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
João 1:1
“Cristo é o Logos”.
 
Estudam ou Falam – Platonismo – Logos
- Neoplatonismo – Logos – Uno
- Patrística – Logos – Verbo
. Clemente de Alexandria
. Ambrósio – Agostinho
 
Divisões da Teologia
Teologia Sistemática – trabalha com textos paralelos das Escrituras. Utiliza de recursos dedutivos para chegar a um conjunto de doutrinas fundamentais da fé cristã.
Teologia Bíblica – visa descobrir o conjunto de doutrinas fundamentais do Antigo Testamento e do Novo Testamento.
Teologia Histórica – demonstra o desenvolvimento doutrinário da fé cristã desde Israel, a Igreja e no desenrolar da história
humana, com a formação dos credos e dogmas da igreja.
Teologia Prática – é o estudo e a aplicação no dia a dia das verdades bíblicas através da pregação e do pastorado.
 
Matérias da Teologia Sistemática
Prolegômenos – Pro – antes, Lego – dizer. Dizer de antemão. Visão geral da Teologia.
Teontologia – Theos – Deus, Onto – Ser, Logia – estudo. Estudo do Ser de Deus. Disciplina que estuda os atributos e a natureza de Deus. Estuda a Trindade.
Cristologia – Estudo sobre Cristo, suas naturezas humana e divina, seus ofícios e atributos.
Hamartiologia – Hamártios – pecado, “errar o alvo”. Estudo sobre o pecado, sua origem, consequências e natureza.
Antropologia teológica – a origem da alma, a formação tricotômica do homem: corpo – sôma, alma – psiquê, espírito - pneuma.
Soteriologia – Sotérios – salvação. Estudo sobre a salvação. A ordem da salvação e o significado dos termos da salvação: fé, arrependimento, conversão, regeneração, justificação, adoção, santificação, glorificação. Assim como a eleição: Igreja e a escolha de antemão do meio de salvação: Jesus Cristo.
Pneumatologia – Pneuma – Espírito. Estudo sobre o Espírito Santo. Sua Pessoa e seus atributos.
Angelologia – Estudo sobre os anjos, origem, atividades, anjos bons e anjos maus.
Eclesiologia – Ekklesia – Igreja. As figuras da igreja: noiva, corpo, edifício. Suas ordenanças: batismo, Ceia do Senhor. Seus ministérios.
Escatologia – Escatron – últimas coisas. O além túmulo, os últimos dias, o
arrebatamento, a volta de Jesus, o anticristo, a Grande Tribulação, o milênio, novos céus e nova terra.
 
Princípios da Teologia
1. Deus criou, sustenta e se relaciona com o que criou.
2. O homem tem a capacidade em si de buscar e conhecer a Deus. (Is 35.8)
3. Deus providencia meios para ser conhecido. (Ec 3.11)
 
Fontes da Teologia
1. A Bíblia Sagrada – nela se encontra a revelação e inspiração de Deus. (2Tm 3.16,17)
2. A consciência – nela Deus fala ao homem, ainda que possa ser deturpada pela vontade humana. (Rm 2.13-16)
3. A natureza – reflete a glória de Deus, ainda que caída e esperando a redenção. (Rm 1.18-21)
4. A experiência – a vida cristã está além de uma vaga teoria, ela também é prática permanente. A todo tempo se vive uma experiência viva com Deus.
 
A História da Teologia
Patrística – Período que vai dos Pais Apostólicos aos Pais Históricos. Daqueles que conheceram os apóstolos, que defenderam a fé cristã (apologistas), trataram das heresias (polemistas) à aqueles que escreveram sobre a história da igreja nos primeiros séculos.
Escolástica – Período da Idade Média que se utilizou do raciocínio lógico para se chegar a Deus e ao conhecimento, mesmo que em alguns sistemas ainda se adotasse a iluminação como fonte de conhecimento. Também um período de grandes dogmas da fé.
Reforma – Período marcado pela livre interpretação da Bíblia e o surgimento de vários credos.
Confessional - Período principalmente do séc. XVII ao séc. XIX marcado por um forte dogmatismo protestante. Há um retorno ao dogmatismo nos moldes da escolástica.
Moderno – há uma forte influência do racionalismo e do liberalismo, isto é, interpretação cética dos milagres bíblicos e do sobrenatural. Uma confiança exagerada na ciência. Todavia há também a busca de um relacionamento vivo e prático com Deus.
 
Métodos de Interpretação
Dedutivo – Geral para o particular.
- Lógica Aristotélica – silogismo
- Teologia Sistemática – Doutrinas bíblicas
- Paralelismos bíblicos
Indutivo – Particular ao geral.
- Conhecimento filosófico
- Conhecimento especulativo
- Empirismo – estatística
- Nominalismo Medieval
- Conhecimento Científico
- Crítica Histórica ou Alta Crítica
Alegórico – Místico – não literal.
- Conhecimento místico
- Escola de Alexandria
- Interpretação
- Séc. XIV – Místicos.
- Além do texto
 
Escolas Filosóficas
A.C. e D.C. (primeiros séculos)
Principais
Pré-socráticos – (gregos)
- Estudo do ser
- Questionamento dos mitos
- Origem das coisas
- Estudo sobre UNO
- Pitágoras – lógica – números.
- Arítimos – números.
- Nomos – lei – lógica.
- Heráclito – tudo muda.
- “O rio e o sujeito não são mais os mesmos”.
Princípio – fogo.
Mudança das coisas.
- Parmênides – Nada muda.
“A mudança é só aparente não é real.” “O ser é imutável”.
- Sofistas – a verdade é útil.
Pragmatismo
- “O homem é a medida de todas as coisas”. Protágoras.
- Socráticos – Sócrates (469 – 399 A.C.)
- Maiêutica – Parto das ideias.
- Ironia – Questionamento do sujeito do conhecimento. “Sei que nada sei”
- O Sumo Bem.
A Aleteia – Αληθεια – Verdade.
Aristos – Αριστος – Virtude.
- “O professor é um parteiro, um facilitador das ideias”.
- Platônicos – Platão (427-347 a.C.).
“O mundo das Ideias”
“O mundo perfeito”
“Conhecimento matemático”
- O Sumo Bem
- O Mito da Caverna – Alienação.
- A eternidade da alma.
- Aristotelismo – Aristóteles (384-322 a.C.).
(Tomás de Aquino – 1225-1274 d.C.)
- O Silogismo – a lógica.
- A Metafísica – estudo do ser enquanto ser.
1ª Causa – Um ser primeiro que deu origem a tudo (Cosmologia – Deus).
1º Motor – Um ser (imóvel) que move todas as coisas e não é movido por ninguém (Deus).
Argumento Teleológico – todas as coisas têm uma finalidade. Um ser inteligente deu finalidade às coisas.
Antropológico – a inteligência humana implica num criador inteligente. A perfeição nos foi colocada por um ser perfeito.
Moral – todos desejam um bem maior, isto porque um ser moral nos direciona ao
bem de todos. O Sumo Bem é o ser maior.
 
Escolas Teológicas
Escola de Alexandria – interpretação alegórica
- Interpretação mística
- Voltada ao médio platonismo
- Origem ao neoplatonismo
- Orígenes, Clemente de Alexandria.
- Panteísmo
Obs.: Havia um grande zelo pelos manuscritos. Biblioteca de Alexandria. Hexapla de Orígenes – Bíblia em seis línguas. A crítica textual era praticada antes do cristianismo – cópia mais perfeita do original.
- Apologética – defesa da fé.
- Houve heresias advindas de uma visão mística do platonismo.
Escola de Antioquia – interpretação literal.
- Método hermenêutico mais literal.
- Mais tarde arianismo (ausência do místico)
- O texto nada diz além do que está escrito.
Escola Latina – interpretação literal mais interpretação mística.
- Hermenêutica aberta, mas ortodoxa.
Orto – correção – ορτο
Doxa – doutrina – δοξα
Tertuliano, Ambrósio, Agostinho (354-430 d.C.)
Patrística – primeiras escolas.
Escolástica – Idade Média (inicia 476 d.C.)
1. Conhecimento de Deus por iluminação.
A fé leva ao conhecimento.
2. Conhecimento de Deus pela razão.
(seminominalismo; nominalismo)
“O nome não reflete a individualidade”
- Conhecimento Filosófico
- Tomás de Aquino (1225-1274 d.C.)
- O Filósofo – Aristóteles.
- O Comentarista – Averróis
- A Suma Teológica.
- A primeira causa
- O primeiro motor
- A finalidade
- A perfeição
- A ética e a moral
-Moral – conjunto de introjeções de uma sociedade (mais tarde – o superego – Freud 1856 – 1939)
-Ética – normas individuais de conduta.
“O conhecimento aperfeiçoa a fé”
-Surge o questionamento à igreja e a iluminação de Deus.
Escola Renascentista – Séc. XV e XVI
 Retorno ao neoclássico grego
 Estudo do grego
 Retorno às figuras gregas, a filosofia pré-socrática.
 O homem como centro do universo
 O humanismo
 Pensamento Holístico – visão do todo.
 Importante a critica textual, pois há o retorno ao estudo
da língua grega (latim padrão medieval).
 Erasmo de Roterdã (1466-1536)
o Busca o melhor texto do Novo Testamento.
o Exame dos Códex – textos do Novo Testamento.
o Produz edição crítica do Novo Testamento que ficou conhecida como o textus receptus, base para tradução da Bíblia King James I e outras traduções.
 
Escola Reformada – Martinho Lutero (1483-1546).
João Calvino (1509-1564).
 Filipe Melâncton (1497-1560).
o Educação alemã.
 Visa a livre interpretação da Bíblia.
 Inspiração – Deus soprou, conduziu os escritores santos, hagiógrafos – αγιογραφος.
o Hágios – αγιος – santos.
o Grafos – γραφος – escritores.
 Inspiração e revelação.
o Revelação – mostra o oculto.
o Inspiração – sopro, Deus conduz os escritores.
Inerrância – Deus inspirou, conduziu a escrever fatos e experiências de maneira isenta de erros.
 Infalibilidade – A Palavra conduzida pelo Espírito Santo transforma vidas.
 
Escola Mística - Movimentos de Renovação Espiritual
Pietismo Alemão
Philip Spener (1635-1705) pastor luterano fazia reuniões em sua casa com estudos práticos da Bíblia, oração e cultivo da piedade.
Augst Francke (1663-1727), professor da Universidade de Halle com seus amigos formaram um grupo para o estudo da Bíblia. Fundou orfanatos, escolas e um instituto bíblico que distribuía a Bíblia. Halle se tornou um centro missionário com estudo científico de línguas e da história da igreja.
Conde de Zinzenford (1700-1760) – Estudou em Halle e em Wittenberg. Pregava uma vida devocional e de intensa dedicação a Cristo. Foi líder da Igreja Morávia que influenciou João Wesley na sua conversão pessoal. A Igreja Morávia teve sua origem em Huss, influenciado pelos ensinos de Wycliffe, fundou os Irmãos Boêmios.
O Puritanismo
Surgiu com a intenção de purificar a igreja oficial da Inglaterra (Igreja Anglicana) e levá-la a adotar o calvinismo. Eram contra a corrupção do governo e do clero. Praticavam uma liturgia simples e davam valor a experiência cristã.
O Metodismo
Reavivamento espiritual iniciado por John Wesley (1703-1791) na Inglaterra. Wesley pregava a justificação pela fé através da experiência de conversão. Pregou a santificação. Ele se opôs ao álcool, guerra e escravidão. Incentivou o povo à leitura e ao estudo. Preparou pregadores leigos. Criou o primeiro dispensário médico gratuito da Inglaterra, um orfanato, a capela de Bristol, comprou o edifício Foundery que
se tornou o centro de sua obra evangelística e missionária, fundou a Igreja Metodista nos Estados Unidos entre outras realizações.
Escola Liberal – séc. XVII – XIX
 Ética Universal .
 Conceitos morais fora das Escrituras e do cristianismo.
 Confiança na ciência.
 Moralidade, deísmo (Deus distante que deixou leis mecânicas, isto é, físicas e morais para governar o mundo – não é pessoal).
 Uso da crítica literária aos manuscritos sagrados e suas narrações.
 Conceito da valorização da razão.
 Empirismo, descrença no subjetivo.
 Historicismo – a história tem uma evolução.
Modernismo – Descartes
o “Penso, logo existo” “Cogito, ergo sum”
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o Dicotomia – alma e corpo.
o União e desunião entre alma e corpo.
Desmitificação – identificar a cosmovisão.
o Milagres explicados à luz da ciência.
o Crítica histórica – uso da antropologia, psicologia, sociologia, filosofia, arqueologia para se entender contexto do texto, desprovidos de espiritualidade.
 
Escola Neo-ortodoxa – existencialista
 A existência precede a essência.
 A angústia nos faz transcender.
 A moral excessiva e o hedonismo desenfreado nos colocam em crise.
 A solução da crise é o salto da fé para Deus.
o Kierkegaard (1813-1855)
 O que importa é a experiência com Deus. Não importam os mitos, importante é a vivência, o encontro com Deus.
Hermenêutica como Princípio
É ciência de interpretar a Bíblia. Toda interpretação bíblica deve procurar:
1. Significado Teológico – a Teologia por trás da passagem.
2. Significado Gramatical – a origem da palavra e o significado original e literal.
3. Significado Histórico - o contexto da época escrita.. . 
3. Significado Histórico – o contexto histórico da passagem.Curso de Teologia – Prof. Márcio Ruben
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Módulos 1, 2, 3 e 4.
Capítulo 1
Teologia
Introdução
Três aspectos fundamentais da educação
1. Pessoal – A educação é autopromoção da personalidade do sujeito que se educa.
2. Social – A educação socializa o individual, pois a nossa vida pessoal explica-se numa vida social.
3. Cultural – A educação transmite à pessoa os valores elaborados pela humanidade, no decurso de gerações.
Autoeducação e Heteroeducação
 A autêntica educação deve ser a autoeducação, porque não é concebível uma maturação integral insciente e destituída de esforço pessoal.
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5
 A autêntica educação deve ser heteroeducação, porque a presença do professor não é só desejável como necessária.
Prolegômenos
Falar de antemão. No caso da Teologia é uma visão geral da Teologia. As várias formas de Teologia.
Teologia
Theos – Θεος – Deus
Logia – λογια – estudo
“Estudo sobre Deus”.
Logos – Λογος – Palavra – Verbo
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
João 1:1
“Cristo é o Logos”.
Estudam ou Falam – Platonismo – Logos
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- Neoplatonismo – Logos – Uno
- Patrística – Logos – Verbo
. Clemente de Alexandria
. Ambrósio – Agostinho
Divisões da Teologia
Teologia Sistemática – trabalha com textos paralelos das Escrituras. Utiliza de recursos dedutivos para chegar a um conjunto de doutrinas fundamentais da fé cristã.
Teologia Bíblica – visa descobrir o conjunto de doutrinas fundamentais do Antigo Testamento e do Novo Testamento.
Teologia Histórica – demonstra o desenvolvimento doutrinário da fé cristã desde Israel, a Igreja e no desenrolar da história
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humana, com a formação dos credos e dogmas da igreja.
Teologia Prática – é o estudo e a aplicação no dia a dia das verdades bíblicas através da pregação e do pastorado.
Matérias da Teologia Sistemática
 Prolegômenos – Pro – antes, Lego – dizer. Dizer de antemão. Visão geral da Teologia.
 Teontologia – Theos – Deus, Onto – Ser, Logia – estudo. Estudo do Ser de Deus. Disciplina que estuda os atributos e a natureza de Deus. Estuda a Trindade.
 Cristologia – Estudo sobre Cristo, suas naturezas humana e divina, seus ofícios e atributos.
 Hamartiologia – Hamártios – pecado, “errar o alvo”. Estudo sobre o pecado, sua origem, consequências e natureza.
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 Antropologia teológica – a origem da alma, a formação tricotômica do homem: corpo – sôma, alma – psiquê, espírito - pneuma.
 Soteriologia – Sotérios – salvação. Estudo sobre a salvação. A ordem da salvação e o significado dos termos da salvação: fé, arrependimento, conversão, regeneração, justificação, adoção, santificação, glorificação. Assim como a eleição: Igreja e a escolha de antemão do meio de salvação: Jesus Cristo.
 Pneumatologia – Pneuma – Espírito. Estudo sobre o Espírito Santo. Sua Pessoa e seus atributos.
 Angelologia – Estudo sobre os anjos, origem, atividades, anjos bons e anjos maus.
 Eclesiologia – Ekklesia – Igreja. As figuras da igreja: noiva, corpo, edifício. Suas ordenanças: batismo, Ceia do Senhor. Seus ministérios.
 Escatologia – Escatron – últimas coisas. O além túmulo, os últimos dias, o
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arrebatamento, a volta de Jesus, o anticristo, a Grande Tribulação, o milênio, novos céus e nova terra.
Princípios da Teologia
1. Deus criou, sustenta e se relaciona com o que criou.
2. O homem tem a capacidade em si de buscar e conhecer a Deus. (Is 35.8)
3. Deus providencia meios para ser conhecido. (Ec 3.11)
Fontes da Teologia
1. A Bíblia Sagrada – nela se encontra a revelação e inspiração de Deus. (2Tm 3.16,17)
2. A consciência – nela Deus fala ao homem, ainda que possa ser deturpada pela vontade humana. (Rm 2.13-16)
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3. A natureza – reflete a glória de Deus, ainda que caída e esperando a redenção. (Rm 1.18-21)
4. A experiência – a vida cristã está além de uma vaga teoria, ela também é prática permanente. A todo tempo se vive uma experiência viva com Deus.
A História da Teologia
Patrística – Período que vai dos Pais Apostólicos aos Pais Históricos. Daqueles que conheceram os apóstolos, que defenderam a fé cristã (apologistas), trataram das heresias (polemistas) à aqueles que escreveram sobre a história da igreja nos primeiros séculos.
Escolástica – Período da Idade Média que se utilizou do raciocínio lógico para se chegar a Deus e ao conhecimento, mesmo que em alguns sistemas ainda se adotasse a iluminação como fonte de conhecimento. Também um período de grandes dogmas da fé.
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Reforma – Período marcado pela livre interpretação da Bíblia e o surgimento de vários credos.
Confessional - Período principalmente do séc. XVII ao séc. XIX marcado por um forte dogmatismo protestante. Há um retorno ao dogmatismo nos moldes da escolástica.
Moderno – há uma forte influência do racionalismo e do liberalismo, isto é, interpretação cética dos milagres bíblicos e do sobrenatural. Uma confiança exagerada na ciência. Todavia há também a busca de um relacionamento vivo e prático com Deus.
Métodos de Interpretação
Dedutivo – Geral para o particular.
- Lógica Aristotélica – silogismo
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- Teologia Sistemática – Doutrinas bíblicas
- Paralelismos bíblicos
Indutivo – Particular ao geral.
- Conhecimento filosófico
- Conhecimento especulativo
- Empirismo – estatística
- Nominalismo Medieval
- Conhecimento Científico
- Crítica Histórica ou Alta Crítica
Alegórico – Místico – não literal.
- Conhecimento místico
- Escola de Alexandria
- Interpretação
- Séc. XIV – Místicos.
- Além do texto
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Escolas Filosóficas
A.C. e D.C. (primeiros séculos)
Principais
Pré-socráticos – (gregos)
- Estudo do ser
- Questionamento dos mitos
- Origem das coisas
- Estudo sobre UNO
- Pitágoras – lógica – números.
- Arítimos – números.
- Nomos – lei – lógica.
- Heráclito – tudo muda.
- “O rio e o sujeito não são mais os mesmos”.
Princípio – fogo.
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Mudança das coisas.
- Parmênides – Nada muda.
“A mudança é só aparente não é real.” “O ser é imutável”.
- Sofistas – a verdade é útil.
Pragmatismo
- “O homem é a medida de todas as coisas”. Protágoras.
- Socráticos – Sócrates (469 – 399 A.C.)
- Maiêutica – Parto das ideias.
- Ironia – Questionamento do sujeito do conhecimento. “Sei que nada sei”
- O Sumo Bem.
A Aleteia – Αληθεια – Verdade.
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Aristos – Αριστος – Virtude.
- “O professor é um parteiro, um facilitador das ideias”.
- Platônicos – Platão (427-347 a.C.).
“O mundo das Ideias”
“O mundo perfeito”
“Conhecimento matemático”
- O Sumo Bem
- O Mito da Caverna – Alienação.
- A eternidade da alma.
- Aristotelismo – Aristóteles (384-322 a.C.).
(Tomás de Aquino – 1225-1274 d.C.)
- O Silogismo – a lógica.
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- A Metafísica – estudo do ser enquanto ser.
1ª Causa – Um ser primeiro que deu origem a tudo (Cosmologia – Deus).
1º Motor – Um ser (imóvel) que move todas as coisas e não é movido por ninguém (Deus).
Argumento Teleológico – todas as coisas têm uma finalidade. Um ser inteligente deu finalidade às coisas.
Antropológico – a inteligência humana implica num criador inteligente. A perfeição nos foi colocada por um ser perfeito.
Moral – todos desejam um bem maior, isto porque um ser moral nos direciona ao
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bem de todos. O Sumo Bem é o ser maior.
Escolas Teológicas
Escola de Alexandria – interpretação alegórica
- Interpretação mística
- Voltada ao médio platonismo
- Origem ao neoplatonismo
- Orígenes, Clemente de Alexandria.
- Panteísmo
Obs.: Havia um grande zelo pelos manuscritos. Biblioteca de Alexandria. Hexapla de Orígenes – Bíblia em seis línguas. A crítica textual era praticada antes do cristianismo – cópia mais perfeita do original.
- Apologética – defesa da fé.
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- Houve heresias advindas de uma visão mística do platonismo.
Escola de Antioquia – interpretação literal.
- Método hermenêutico mais literal.
- Mais tarde arianismo (ausência do místico)
- O texto nada diz além do que está escrito.
Escola Latina – interpretação literal mais interpretação mística.
- Hermenêutica aberta, mas ortodoxa.
Orto – correção – ορτο
Doxa – doutrina – δοξα
Tertuliano, Ambrósio, Agostinho (354-430 d.C.)
Patrística – primeiras escolas.
Escolástica – Idade Média (inicia 476 d.C.)
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1. Conhecimento de Deus por iluminação.
A fé leva ao conhecimento.
2. Conhecimento de Deus pela razão.
(seminominalismo; nominalismo)
“O nome não reflete a individualidade”
- Conhecimento Filosófico
- Tomás de Aquino (1225-1274 d.C.)
- O Filósofo – Aristóteles.
- O Comentarista – Averróis
- A Suma Teológica.
- A primeira causa
- O primeiro motor
- A finalidade
- A perfeição
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- A ética e a moral
-Moral – conjunto de introjeções de uma sociedade (mais tarde – o superego – Freud 1856 – 1939)
-Ética – normas individuais de conduta.
“O conhecimento aperfeiçoa a fé”
-Surge o questionamento à igreja e a iluminação de Deus.
Escola Renascentista – Séc. XV e XVI
 Retorno ao neoclássico grego
 Estudo do grego
 Retorno às figuras gregas, a filosofia pré-socrática.
 O homem como centro do universo
 O humanismo
 Pensamento Holístico – visão do todo.
 Importante a critica textual, pois há o retorno ao estudo
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da língua grega (latim padrão medieval).
 Erasmo de Roterdã (1466-1536)
o Busca o melhor texto do Novo Testamento.
o Exame dos Códex – textos do Novo Testamento.
o Produz edição crítica do Novo Testamento que ficou conhecida como o textus receptus, base para tradução da Bíblia King James I e outras traduções.
Escola Reformada – Martinho Lutero (1483-1546).
 João Calvino (1509-1564).
 Filipe Melâncton (1497-1560).
o Educação alemã.
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 Visa a livre interpretação da Bíblia.
 Inspiração – Deus soprou, conduziu os escritores santos, hagiógrafos – αγιογραφος.
o Hágios – αγιος – santos.
o Grafos – γραφος – escritores.
 Inspiração e revelação.
o Revelação – mostra o oculto.
o Inspiração – sopro, Deus conduz os escritores.
 Inerrância – Deus inspirou, conduziu a escrever fatos e experiências de maneira isenta de erros.
 Infalibilidade – A Palavra conduzida pelo Espírito Santo transforma vidas.
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Escola Mística - Movimentos de Renovação Espiritual
Pietismo Alemão
Philip Spener (1635-1705) pastor luterano fazia reuniões em sua casa com estudos práticos da Bíblia, oração e cultivo da piedade.
Augst Francke (1663-1727), professor da Universidade de Halle com seus amigos formaram um grupo para o estudo da Bíblia. Fundou orfanatos, escolas e um instituto bíblico que distribuía a Bíblia. Halle se tornou um centro missionário com estudo científico de línguas e da história da igreja.
Conde de Zinzenford (1700-1760) – Estudou em Halle e em Wittenberg. Pregava uma vida devocional e de intensa dedicação a Cristo. Foi líder da Igreja Morávia que influenciou João Wesley na sua conversão pessoal. A Igreja Morávia teve sua origem em Huss,
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influenciado pelos ensinos de Wycliffe, fundou os Irmãos Boêmios.
O Puritanismo
Surgiu com a intenção de purificar a igreja oficial da Inglaterra (Igreja Anglicana) e levá-la a adotar o calvinismo. Eram contra a corrupção do governo e do clero. Praticavam uma liturgia simples e davam valor a experiência cristã.
O Metodismo
Reavivamento espiritual iniciado por John Wesley (1703-1791) na Inglaterra. Wesley pregava a justificação pela fé através da experiência de conversão. Pregou a santificação. Ele se opôs ao álcool, guerra e escravidão. Incentivou o povo à leitura e ao estudo. Preparou pregadores leigos. Criou o primeiro dispensário médico gratuito da Inglaterra, um orfanato, a capela de Bristol, comprou o edifício Foundery que
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se tornou o centro de sua obra evangelística e missionária, fundou a Igreja Metodista nos Estados Unidos entre outras realizações.
Escola Liberal – séc. XVII – XIX
 Ética Universal .
 Conceitos morais fora das Escrituras e do cristianismo.
 Confiança na ciência.
 Moralidade, deísmo (Deus distante que deixou leis mecânicas, isto é, físicas e morais para governar o mundo – não é pessoal).
 Uso da crítica literária aos manuscritos sagrados e suas narrações.
 Conceito da valorização da razão.
 Empirismo, descrença no subjetivo.
 Historicismo – a história tem uma evolução.
 Modernismo – Descartes
o “Penso, logo existo” “Cogito, ergo sum”
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o Dicotomia – alma e corpo.
o União e desunião entre alma e corpo.
 Desmitificação – identificar a cosmovisão.
o Milagres explicados à luz da ciência.
o Crítica histórica – uso da antropologia, psicologia, sociologia, filosofia, arqueologia para se entender contexto do texto, desprovidos de espiritualidade.
Escola Neo-ortodoxa – existencialista
 A existência precede a essência.
 A angústia nos faz transcender.
 A moral excessiva e o hedonismo desenfreado nos colocam em crise.
 A solução da crise é o salto da fé para Deus.
o Kierkegaard (1813-1855)
Curso de Teologia – Prof. Márcio Ruben
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 O que importa é a experiência com Deus. Não importam os mitos, importante é a vivência, o encontro com Deus.
Hermenêutica como Princípio
É ciência de interpretar a Bíblia. Toda interpretação bíblica deve procurar:
1. Significado Teológico – a Teologia por trás da passagem.
2. Significado Gramatical – a origem da palavra e o significado original e literal.
3. Significado Histórico – o contexto histórico da passagem.

Avaliação Prolegômenos

Média 6.

Um Debate Aristotélico Sobre Agostinho

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